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segunda-feira, 21 de maio de 2012

TINTA E SOLIDÃO



 Vazio imenso invade minh'alma.
Lá no âmago.
Busco ler um livro.
Mas,
o vazio persiste
Ando de um lado para outro.
Vem a ansiedade.
Olho um quadro.
Busco na imaginação algo que preencha o tão grande vazio.
Espero chegar alguém.
Ninguém chega.
Ligo o som
coloco um CD.
Ouço uma música.
Inútil,
o vazio persiste ainda.
Desço a escada
Deito no tapete.
Tento dormir mas em vão
o sono não chega.
Subo novamente a escada.
Saio na porta,olho à rua.
Vejo crianças brincarem.
É inutil fugir.
A solidão continua.
Que sentimento terrível!
Paro de raciocinar.
Não sou mais eu.
Sou um vazio
Meu ser sente-se completar com a tristeza
Tristeza do ambiente que me cerca.
Volto.
Desço inutilmente a escada
E fico lá embaixo.
Penso.
Lembro.
Sento-me à mesa.
E com tinta e solidão
Escrevo uma poesia
Que exprime meu estado pesado de alma.
As lembranças e tentações corroem-me.
ouço um choro.
Busco identificá-lo
Sem perceber vejo-me chorando.
Eu choro.


                                          Cálamo de Poesia
                                                          17.12.2000

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