Como tantos outros de outras épocas.
Usa sua dose de prazer diário
Momentâneo.
Usa sua pedra, que não é rocha.
Empina motos nas ruas das cidades.
Tatuam-se.
Porém no fundo há uma carência,
Carência de objetivos de vida.
Carência de amor
Carência de Deus.
O jovem moderno vive o seu momento
Não se lembra do amanhã.
Só se lembra do agora,
Do instante que vai embora.
Alegria momentânea que
invade a alma
E acha que tudo está bem
Que tudo está legal.
Porém,
Antes de sentir-se assim
Deve pensar nas conseqüências
Que algumas escolhas lhe traz.
Do sofrimento que
Causam nas pessoas que te o cercam.
O jovem moderno vive o momento
De olhos vidrados na tela do computador.
E se esquece que existe vida lá fora.
Que há rios correndo,
Flores se abrindo,
Pássaros cantando e voando,
Um céu azul pra contemplar.
Amigos que carecem da sua atenção.
Que ainda há conexão com o mundo real.
O jovem moderno vive seu momento
Com os ouvidos conectados no celular.
Não percebendo que há aulas a assistir
Que há conteúdos aprender,
E que há o que fazer.
E esquece que há músicas reflexivas pra se ouvir.
O jovem moderno vive seu momento
Ouvindo música sem letra.
músicas sem Música
Só o batidão
Que não reproduz notas da canção.
O funk é a preferência
É o ritmo da consciência
Que a mídia lhes impõe.
O jovem moderno vive seu momento
Compenetrado em si mesmo
Que lá fora há pessoas sendo violentadas
Assaltadas e maltratadas
E não para pra meditar
Nesta triste realidade
Vivida na sociedade
Que vivemos no presente.
O jovem moderno vive seu momento
Esquecendo que há um amanhã
Um futuro que o espera.
E que é dele que tudo depende.
Mesmo assim não compreende.
Que o futuro o espera
Que dentro de sua esfera
A vida é limitada.
O jovem moderno vive seu momento.
Não levando nada a sério
Não observando as conseqüências
Que as escolhas erradas lhe conduzem.
Que o abismo muitas vezes está à frente dele.
Ao subir numa moto embriagado
Ao se acompanhar com estranhos.
Ao beber sem limite.
Ao se drogar.
E assim o jovem moderno vai vivendo sua vida.
E vai passando o presente.
Ficando apenas lembranças
Daquilo que acabou.
Cálamo de Poesia
19.04.13