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domingo, 22 de setembro de 2013

Espera




Há momentos que eu desejo
Ser amado como eu amo
Ser cuidado como eu cuido.
Ser tratado como eu trato.
Ser  defendido como eu defendo.
Mas,
Não sou amado como eu amo.
Não sou cuidado como eu cuido.
Não sou tratado como eu trato.
Nem muito menos sou defendido
Como eu defendo.

Esperamos sempre  o melhor
Mas apenas esperamos,
Não significa que aconteça.
Infelizmente essa espera
Angustia nossa existência:
Esperar do outro o que fazemos para ele.

Cálamo de Poesia
 22.09.13

terça-feira, 17 de setembro de 2013

O Senhor do Tempo



 
Dizem que o tempo cura tudo.
Será?
Há casos que não.
Mas creio na ação do Senhor.
Do Senhor do tempo.
Da vida e da morte,
Do tempo e da eternidade.
Ele sim, resolve os problemas
Causados pelas circunstâncias
O Senhor do tempo
Cicatriza as feridas do coração
Consola a tristeza da alma
E renova a alegria da vida.
A ação do Senhor é Poderosa.
Ele sim usa o tempo
Para operar em nossos sentimentos
Ele trabalha em nós.
O milagre de viver.
A lição de aprender.
E correr pelo tempo
Ele nos faz resistir a tudo.
E viver com ele.

    Cálamo de Poesia
          25.08.13

Viver Sem Você



 
Na minha solidão,
Passo horas lembrando de você.
Mas você insiste em ficar longe de mim
Quanto mais longe  é a sua distância,
Maior é minha solidão.
Então eu pinto pra ver se o tempo passa.
Eu pinto pra o tempo passar.
E na minha pintura só aparece sua imagem.
Pintando sua imagem eu tenho você comigo
Nas conexões da memória.
E isso ameniza o meu dia.
A solidão me faz criar
Criar um mundo vazio sem você.
Mas  pintar sem você faz a pintura ficar sem cor.
E isso me faz completo.
E completo me faz ser eu mesmo.
E esquecer um pouco de você.
E esquecer as promessas de amor.
Feitas num momento fulgaz.
Esquecer de você é dorido.
Visto que estou ferido.
Ferido no coração,
Arrastando-me pelo chão,
Por conta da solidão.
Criando,
Fugindo e fingindo.
É possível  resistir sua ausência em minha vida.
E viver sem você.

   Cálamo de Poesia
           01.09.13

Lavandeiras do Rio São Francisco



 
Lavandeiras do Rio São Francisco,
O que fazes a cantar no despontar do dia?
Digam-me lavandeiras,
O que fazes gastando energia?
Mostrando essa alegria,
Quando algo te angustia.

Lavandeiras do Rio São Francisco,
Que fazem a cantar e não calam o bico?
Lavandeiras do Rio São Francisco.
- Cantamos para aliviar o peso do dia.
 Lavamos a angústia da alma
Que às vezes se levanta,
É bem certo dizer que:
“Quem canta seus males espanta”

Lavandeiras do Rio São Francisco,
Que tens o rio por lavanderia,
Que fazes dele tua pia.
Cantas para aliviar o peso do teu dia.

Lavandeiras do Rio São Francisco
Por que cantas o peso do teu dia?
Se tua vida é vazia, o peso da tua roupa,
Preenche tua alegria.
E tua vida não é mais vazia.
Peso do teu dia,
Não é da roupa que lavas
OU da louça que ficou na bacia
O peso do teu dia,
É o peso encardido que levas  na alma.
Que não podes esconder.
Que não sabes esconder,
Que na luta por um novo viver.
Cantas para afastar o sofrer.

Enquanto lavam suas roupas
Observam a dureza das pedras
Onde as roupas quaram.
Onde as roupas esperam,
Alvejando pouco a pouco.

Lavandeiras do Rio São Francisco,
Cantem.
Batam as roupas contra as pedras
E elas ficarão  mais limpas.
Assim como a vida arremessa vocês contra o chão.
E vocês ficam puras, limpas e fortes.
Quarando no processo de viver.

                       Cálamo de Poesia
                           17.09.13

domingo, 1 de setembro de 2013

Não adoramos um Deus Morto



Não adoramos um Deus Morto,
Mas reverenciamos o Cristo que crucificaram.
O Cristo que se deixou coroar, se coroar e sangrar a testa.
Com uma coroa de espinhos que sentiu dores profundas.

Não adoramos um Deus Morto
Mas temos fé no Cristo que foi ferido de lado,
Que deixou verter do Seu corpo a última gota de sangue.
O Cristo que deixou escorrer sangue e água do seu lado.

Não adoramos um Deus Morto
Mas cremos no Sacrifício feito no Calvário
Na substituição feita pelo Filho de Deus na cruz.
No Cristo que consumou de uma vez por todas
A obra redentora da alma humana.

Não adoramos um Deus Morto
Mas vivemos todos os dias em nossa vida
As dores  e injúrias que Cristo sofreu por nós.
Os sofrimentos capazes de sarar-nos  de nossas dores.

Não adoramos a um Deus Morto,
Mas sentimos verter em noss’alma,
Uma fonte que jorra do Monte calvário.
Que satisfaz o necessitado da graça imerecida.

Não adoramos um Deus Morto
Mas nos identificamos com aquele que foi traspassado
Nos pés e nas mãos para revelar
A imensa Graça do Pai ao mundo infame.

Não adoramos um Deus Morto
Mas vivemos a  misericórdia de um Deus
Que tem prazer em ser bom
Ao ser humano que não merece tal favor.

Não adoramos  um Deus Morto
Mas sentimos quebrar as cadeias que nos prendem.
Quando invocamos o nome do crucificado.
Quando nos prostramos diante daquele que nos perdoa.
E que nos ama incondicionalmente.

Não adoramos um Deus Morto,
Mas um Deus que ressuscitou ao terceiro Dia
E que está presente em nós
Através do Seu Poderoso Espírito Santo
Que nos liberta, consola e nos salva.

                   Cálamo de Poesia
                       25.08.13




Jesus,nossa alegria




A vida  que se tem na terra
É um período onde se encerra
Dor, tristeza e desarmonia.
Mas em meio a tudo isso,
Jesus é a nossa alegria.

Quando estamos sozinhos
Vivendo na solidão
Não surge uma canção
Vivendo sem companhia
Nunca estamos sós
Jesus é a nossa alegria.

Se a tristeza insiste em ficar
E a nossa calma perturbar
Mesmos em circunstâncias adversas
Quando o tédio nos inebria
Jesus é a nossa alegria.

Jesus é a nossa alegria
E de nós a tristeza afasta
Quando em nossa triste vida
Vivendo sem companhia,
A paz e o sossego se desgastam.

Se de nós o homem desconfia
E a vida nos desafia
Não podemos nos abater
Com tanta desarmonia
Mesmo que as situações não queiram
Jesus é a nossa alegria

Quando deixamos que a vida
Fique triste e sem harmonia
Ficando sem o cálamo
Para escrever poesia
Mesmo assim podemos dizer
Jesus é a nossa alegria.

    Cálamo de Poesia
           25.08.13