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quinta-feira, 20 de março de 2014

Acabou o verão



Acabou o verão
O calor vai-se indo.
A frieza vai chegando.
O tempo torna-se nublado.
As primeiras chuvas chegam.
Foi-se embora o verão
As praias ficam mais desertas.
Os corações ficam quietos
A espera de alguém que os aqueça.
A  pele volta a ficar sem bronze.
Os óculos escuros voltam pra gaveta.
O frio fica na pele.
O tempo sombrio
Sombrio junto com o coração.
O verão acabou
As folhas cairão das árvores
Os frutos aparecerão.
Perdem-se as folhas e se ganha os frutos.
Como na vida.
Perde-se uma coisa e se ganha outra.
Acabou o verão.
O outono bate à porta.
Viveremos uma nova estação
De alegria no coração.

    Cálamo de Poesia
20.03.14

sexta-feira, 7 de março de 2014

Coração em desalinho





Cansado de bater
Por alguém que te faz sofrer. meu coração fica dorido.
O meu coração não tem dois lados
Tem dois poentes:
O crepúsculo e o Pôr do Sol.
Chega a noite dentro do meu coração.
De tanto receber pancadas.
Cansou.
Quer parar, mas não pode.
Meu coração tenta se recompor
Da roubada em que se envolveu.
O coração em desalinho.
Já não reage.
Já não tem força pra ir à luta.
Busca um abrigo
Mas
Em vão não chega.
Silencioso chora baixinho.
Por alguém que não dá a mínima.
Que se alimenta de sofrer.
E sem se conhecer
Não sabe até quando vai bater.
E parar de sofrer.

Cálamo de Poesia
07.03.14

Processo dos Relacionamentos Humanos


Ânsia por conhecer.
Conhecimento.
Aprofundamento da relação.
Intimidade Total.
Sentimento de Propriedade da pessoa amada.
Eis o ciúme.
Descobertas desconcertantes
Decepções e dores.
Tentativas de reconstruir o que caiu.
Insistência em ficar juntos mesmo com decepções.
Conhecimento total.
Percepção da bobagem de entrar na canoa furada em que está vivendo agora.
Repulsa.
Quebra de juramentos.
Enfim separados.
Ai vem novamente
A busca por alguém perfeito.
E nesse ciclo,
A vida passou.
E você o que fez?
Amou e se decepcionou a vida inteira.
E morreu decepcionado por amar.

Cálamo de Poesia
07.03.14


Dor que Mata








Dor Que Mata
É a dor causada por alguém
Que você amou,
Que você se deu,
Que você se fez presente em tudo.
E depois aquela pessoa
Desprezou-te,
Fez-te pouco.
Humilhou-te
Depois aquela pessoa que amavas
Abraçou-te friamente
Chamou-te de amigo
Mas como um escarro te jogou fora
E não te deu o valor que tinhas
Essa dor fica no coração
E é insistente
É uma dor que mata.
Dor mortal.
Dor lancinante da perda.
A ingratidão como disse o poeta,
“E uma pantera”
E ela mata e estraçalha completamente.
Despedaça o que resta de engano
Daquilo que o coração quer se enganar.
Se você se deixar abater,
Essa dor  te mata.

Cálamo de Poesia
07.03.14

Feridas



Feridas
São valas que se abrem no corpo e na alma.
Há vários tipos delas.
Há aquelas que sangram.
Há as que só doem.
Quando há feridas na alma
Enfim há também aquelas que cheiram mal.
Elas não ficam somente na alma.
Elas fazem sofrer o corpo inteiro.
Ficamos desfocados da realidade.
Não conseguimos reagir à situações adversas.
Estamos feridos.
A cabeça não comanda o corpo.
Feridas nos deixam impacientes
E chorosos por dentro.
Vemos tudo escuro em nossa volta.
Feridas na alma fazem o coração Sangrar.
E não há remédio de farmácia que cure.
Nem de plantas medicinais.
A cura para as dores da alma vem do tempo.
Ele é o único remédio.
E isso demora demais pra quem está sofrendo.
O tempo muitas vezes se torna cruel.
E o coração desfalece.
Feridas,
Sem elas não amadureceríamos.

Cálamo de Poesia
07.03.14

terça-feira, 4 de março de 2014

Pão Sobre as Águas







 
Lancei meu pão sobre as águas
E descansei
E depois de muitos dias
Eu o encontrei novamente.
Deus me recompensou
Com a sua graça.
Encheu-me de alegria.
Inundou-me com Seu amor.
E vivo sob a doce paz de Deus.
Ele me recompensa.
Não porque eu mereça.
Mas é pela Bondade Dele
Que é sobrenatural.
Este é o meu Deus.
Que recompensa com bênçãos
Aqueles que Lhe sevem de Coração.
Que entregam-Lhe a vida.
Ele dispensa Sua misericórdia
Sem querer nada em troca.

Cálamo de Poesia
04.03.14

Teus Erros



 
Diante do que passamos e
A rotina do dia
Parece que me tira o desejo.
Perturbo-me e penso
Que não mais te amo
Mas ao ir para a cama à noite
Vejo aquele corpo estendido sobre o meu leito.
Totalmente nu.
E passo a te observar
Então noto o quanto me atraio pelo teu corpo
Sinto desejos ardentes.
Ardo-me em sensações.
Enfim vejo o quanto você ainda mexe comigo.
No dia a dia vejo tuas atitudes.
Elas me cativam.
Sinto-me seguro ao teu lado
E penso:
Erros, todo mundo comete.
Deslizes, ninguém está livre.
Então chego à conclusão.
Que és pó.
E que pó é frágil.
Caiu, quebra.
Você se quebrou dentro de mim
Porque caiu no meu conceito humano.
Mas estou te restaurando assim eu como restauro
Minhas obras de arte ao se quebrarem
Quando elas quebram,
Eu tenho mais cuidado para não quebrarem novamente.
Assim é você.
Caiu. Quebrou.
Vou te colar pedacinho por pedacinho.
Pra te ver inteirinho na minha cama de novo.
Inteiramente inteiro pra mim.
E assim serei feliz outra vez.

Cálamo de Poesia
04.03,14

Meu Cartão Postal





Moro num lindo cartão postal
Que está às margens de um grande rio.
Onde o vento sopra sobremaneira.
No rio do meu cartão postal
Navegam canoas e lanchas
Só não navegam mais navios.
Nele tem uma linda ponte.
Que liga os Estados de Sergipe e Alagoas.
O meu lindo cartão postal.
Tem um nascer do sol de dar inveja,
Tem um crepúsculo maravilhoso,
Tem um lindo céu noturno
Onde o Cruzeiro do Sul se faz mostrar.
O céu diurno tem lindas nuvens brancas
Onde as aves voam.
E cantam na flora em volta da lagoa das Pedrinhas.
O meu cartão postal tem uma linda catedral
Com tendências góticas.
Linda imagem.
Esse cartão postal vivo e ativo.
Num cantinho de Sergipe.
Não sei viver sem estar nesse lugar
Que tanto anseio estar esse lindo lugar é a
CIDADE DE PROPRIÁ.

Cálamo de Poesia
04.03.14