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terça-feira, 22 de maio de 2012

CHACINA DA NATUREZA

 
Esta poesia é uma espécie de protesto contra a derrubada das árvores da praça "Fausto Cardoso" no final da adminstração de Renato Brandão na cidade de Propriá em  setembro de 2004.


Tal como carrascos cruéis
Eram as máquinas
a derrubar as árvores da praça "Fausto Cardoso"
Era manhã.
E caía ao chão todo o verde  de uma parte de Propriá
A praça da Frente do Estadual,que fica atrás da Catedral.
Via-se
Troncos decepados,
Raízes fora do lugar,
E árvores a murchar
Como doeu na alma do povo de Propriá!
Vê a queda de uma árvore que nos ajuda a respirar.
É como a morte de um ser humano.
Sim.
A morte de uma árvore é como a morte de um ser humano
A morte de um ser humano
Tem tanto em comum,
pois
Homem e árvores são natureza
Quem os mata
provoca a chacina da natureza.
Os pássaros que ali voavam
agora não voam mais
A sombra que  os abrigavam
agora não abrigam mais 
Propriá desmatada
Propriá com menos vida.
Por causa de um plano sórdido
por causa da ganância humana
por causa da maldição da política.
O verde é substituído pelo vermelho.
do derramamento de sangue.
da morte,
do desespero,
A praça do Coreto
Que linda que era!
Que dor!
Que pena!
A vida dando lugar a tristeza e a morte.
Gritos de revolta
Quedas de morte da  natureza indefeza.
Nada pode fazer contra a força da máquina maldita.
Por ordem de um desalmado.
Onde estão as praças?
Onde estão as flores?
E o sorriso da natureza?
Não existe em Propriá.
Só lágrima,
dor,
e tristeza.
a cidade cobre-se de vermelho,
de vergonha,
varreu-se a vida das praças de Propriá.
Propriá que foi princesa,
hoje está desnuda.
tornou-se súdita
Contudo,
Um novo dia nascerá.
Esta é a esperança do povo  da princesinha.


                         Cálamo de Poesia.
                                 11.09.2004 


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