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quarta-feira, 6 de junho de 2012

A observação da dor



                              









 Esta poesia foi feita em homenagem às vítimas que sofreram o acidente no ônibus que caiu desgovernado nas águas do rio São Francisco,na cidade de Propriá no dia  quatro de junho de dois mil e doze.Que as famílias sintam o consolo do Espírito Santo  nos seus corações.







Tem imagens que ficam marcadas pra sempre,
em nossa curta memória,
no dia  cinco de junho de dois mil e doze, num cenário lindo!
à margem esquerda do Rio São Francisco
no meio de uma multidão curiosa
uma multidão triste
e angustiada
vê- se um homem dentro do rio acalentando,
depois da longa procura dos bombeiros,
os cadáveres do acidente de um ônibus
 que sem direção,
se atirou nas verdes águas do são Francisco.
Uma cena muito triste
Em meio a gritos de desespero 
O homem permanecia lá.
Não sei o que ele era dos cadáveres,
 que ali se balançavam com a maré das águas calmas do rio.
só observo que em várias fotos está ele  velando
com  muita calma e dor.
Fica esse mistério daquele senhor.
um menino, uma jovem e um ancião
ficaram presos naquela embarcação.
não tiveram salvação.
Se foram e deixaram muita dor.
Dor no São Miguel.
Dor em Propriá
Dor na população.


Três vida preciosas se foram!
E aquele homem  a observar os corpos,
mortos dentro das águas.
ninguém precisava mais de socorro,
a hora dele passou.
o homem ainda insiste.
Impotente.
Sensato.
Triste.

E uma cena terrivel se configura ali,
Pessoas com lágrimas nos olhos
Impotentes, e sem poder   dar nenhuma palavra.
Nem sempre se pode falar,
A dor é imensa.

Esse fato nos leva a uma reflexão:
A vida é curta 
e Imprevisível.
Todos foram a Aquidabã
E saíram para voltar,
mas a volta jamais aconteceu.
Naquela triste esquina,
o ônibus desgovernou,
o motorista não controlou
e a vida terminou ali para aquelas  três pessoas.
Deus as chamou para junto de Si
É  o  conforto que fica aqui.

Devemos estar preparados,
e nunca confiar no amanhã,
ele só pertence ao Senhor.
Com isto pudemos ver
Quando tem que acontecer 
Ninguém pode prever
Que num momento se pode morrer,
E a vida se perder.
e desse jeito sentir
  a fragilidade do homem.
que a impotência e fragilidade humanas,
São patentes aos nossos olhos,
pois o ônibus afundou diante de todos,
como um brinquedinho de criança.
E não entendemos como isso aconteceu.
mas vimos que  aconteceu.
 e talvez fosse isso que aquele senhor pensava
quando olhava os corpos prostrados dentro daquelas águas.
Tem coisas que o Homem não entende,
mesmo que tente não compreende,
E ainda se surpreende mas,
Só o Senhor tem o segredo da vida e da morte em Suas mãos.


                                                                   Cálamo de Poesia
                                                                                      06.06.12


              


                  

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