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domingo, 26 de agosto de 2012

Construção

 
Recebo pedradas.
E com elas vem o impacto.
São pedrinhas,
Pedras médias,
E pedras grandes.

Paro.

Curto a dor.

Vejo as marcas que ficam.

Apanho cada pedra
Que bate em mim.
Junto-as.
E vou construir
O castelo que almejo.

As pedras pra mim
Não são obstáculos
Para dar um stop.
São para dar um go on.

Um stand up.

Eu tenho marcas profundas,
Feitas com pedradas.
Jogadas por pessoas estranhas.
Jogadas por "amigos".
São essas pedradas
Que me fazem ser o que sou.
As marcas me lembram o ontem.
Firmam minhas bases hoje.
Para amanhã levantar as paredes de mim.

Estou sempre em construção.
Pois a cada pedra recebida.
Vou adornando o meu castelo.
E vivendo marcado a cada dor.

São manchas roxas.
Pretas e inchaços
Mas só na alma
Que a aparência está ok.

Minha construção só terminará.
Quando me tornar pó.
Que a terra me desfizer.
Eu estarei com a construção pronta.
E o meu castelo terminado.

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