A vida é como a gramática
Ela tem muitas vírgulas.
Muitas interrogações.
Cheia de exclamações.
Às vezes é preciso interpretar alguns textos
Que surge diante dela.
Às vezes nos sentimos substantivos.
Às vezes,verbos.
E você não se define.
Tem muita regra a ser seguida.
Mas tem também exceções.
Tem momentos que as palavras são variáveis.
Tem outros que é preciso ser invariável.
Às vezes é preciso virar advérbio de Negação.
Outras vezes de afirmação.
Tem momentos que somos sujeitos da oração.
Outros somos predicados verbais.
Às vezes nominais.
E ainda predicados verbo-nominais.
Somos sujeitos agentes e nossas vozes são ativas.
E ninguém pode interferir nas nossas ações.
Sujeitos pacientes e nossas vozes, passivas.
Aí deixamos que os outros ajam por nós.
E às vezes somos agentes-pacientes.
Nessa hora o batemos e somos socados.
Praticamos e recebemos as ações.
E sofremos muito com isso.
Ás vezes nos senitmos como verbos intrasitivos.
Nos sentimos completos.
Às vezes nos sentimos verbos transitivos.
Precisamos de alguém para nos completar.
Nos faltam os complementos necessários
Para sermos melhor compreendidos.
Eh!!
A vida e a gramática são muito semelhantes.
Porém sempre esquecemos de viver a gramática, que
Quando bem falada é linda e gostosa.
Bem assim é a nossa vida.
Quando bem vivida é linda e gostosa também.
Como a gramática muitos dificultam a vida.
Por isso deixa de ser bem vivida e colocam
Obstáculos intransponíveis quando tudo poderia ser mais fácil.
Assim,vivendo a gramática,produzimos a nossa literatura.
A nossa história vai sendo escrita e tudo vira arte.
A arte de viver.
Cálamo de Poesia
02.09.12
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