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quarta-feira, 25 de julho de 2012

NOSSA SOCIEDADE


Andando na rua,
Todos os dias
Observo os rostos
Rostos preocupados
Desconfiados,
Desconcertados,
Endividados,
Cada um tem seu dilema,
Cada um tem seu problema.
Cada um tem seu drama.
Cada um tem sua ansiedade.
Cada um tem seus sonhos.

Na corrida diária
Na luta pelo pão
Não percebemos a confusão
Que estamos mergulhados.

Só vemos o cifrão
Esquecemos o irmão.
Ninguém fala,
Mas percebo a angústia,
Que existe no ar,
Que existe no rosto,
É forçada a alegria
No rosto da Maria
No rosto do José
Que só bebe café.
Que não tem fé.
Vivemos numa sociedade.
De pão e circo.
Pouco trabalho.
Muita diversão.
Muita decepção e
Maior a solidão.
Que não tem comparação.

Todos querem comprar.
Todos querem brincar.
Todos querem acasalar.
E farrear,
Sem com as conseqüências
Se importar.
Outros querem se drogar,
E dos problemas fugir,
Da realidade se evadir,
De evasão em evasão,
Um dia chegam à prisão.
Acompanhada de aflição,
Com um vazio no coração.

Outros procuram religião,
E ali se acomodarão,
Uns estão ali por devoção
Outros por libertação
E outros ainda por que são ladrões.
Usam coisas sérias
Em uma vil brincadeira
Ouvindo cultos vãos
Que não levam a salvação.
E continuam a se enganar.

Cada um foge pela tangente.
Numa sociedade carente.
E não percebe - se a corrente
Que enlaça nossa gente.

Cálamo de Poesia
        01.06.12

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