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quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Lançado Fora



 
Estou sozinho
Pelas ruas e sem amparo.
Vivia em casa
Por um momento tive amor.
Senti o amor
Mas depois vieram  os temores
As acusações e os medos.
Tentei ficar em casa.
Tentei me segurar,
Insistir mais um pouco.
Não consegui.
Lançaram-me fora,
Sem a permissão do Pai.
Ao sair vaguei,
Pelas ruas,
Pelos vales e becos
À procura de um abrigo.
Senti necessidades várias.
Medo,
Sede,
Frio,
Dores diversas.
E caído tentei me levantar.
Mas não consegui.
Os mordomos da casa do Pai
Não quiseram nem saber de mim.
Diante deles parecia que eu
Era algo nojento,
Algo ruim.
Contagioso.
E me questionei:
Por que sou assim?
Por que nasci assim?
Mas não obtive resposta alguma.
Ainda continuo no frio.
Preso em cadeias.
Tento me soltar mas não consigo.
Luto, reluto.
Grito, clamo, reclamo.
Estou preso,
No escuro e na dor.
E para piorar,
Ainda pisei em espinhos,
Que agravaram mais minha situação.
Estou prostrado
Aguardando um socorro,
Estou no vale de lágrimas.
Mas estou esperante,
Esperançoso,
Aguardante.
Aguardando um socorro,
Socorro que vem do céu.
Porque eu sei,
Que o meu Redentor Vive.
E se levantará em meu favor.

CÁLAMO
de Poesia

17.09.15




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